Postado em 27 de agosto de 2020
A vida atribulada, necessidade de fazer tudo ao mesmo tempo, saber um pouco de cada assunto, ter que dar conta de tudo e um pouco mais. Se tudo isso – e um pouco mais – não for muito bem administrado, as chances da ansiedade aparecer, uma hora ou outra, são muitas. “A ansiedade é uma característica do comportamento humano, todo ser humano tem algum traço dela”, explica a psicóloga Cristina Borsari.
O que é preciso estar atento e ter cuidado é quando ela passa a ser patológica, com prejuízos a pessoa. “Quando falamos de ansiedade, a gente também fala sobre hormônios relacionados a neurotransmissores, a noradrenalina e adrenalina. Eles são importantes, nos movimentam e motivam. Mas quando estão exacerbados, ou seja, em excesso no organismo, isso vai interferir no pensamento e no comportamento”, diz Borsari.
– pensamento acelerado:
– medo intenso de acontecer algo ruim:
– risco à integridade física;
– taquicardia;
– respiração ofegante e acelerada;
– tremores;
– irritabilidade;
– agressividade;
– incontinência urinaria;
– desejo por alimentos que tragam bem-estar – como chocolate e outros doces;
– sudorese;
– dificuldade de concentração;
– antecipação negativa do futuro;
– pensamentos aflitivos repetitivos.
Como vimos, a ansiedade é uma resposta do nosso organismo frente ao novo, ao desconhecido. Ela é natural. Mas quando passa a interferir no dia-a-dia, pode ser preocupante – quando os pensamentos acelerados impossibilitam o raciocínio logico, crítico, atrapalham o trabalho e os relacionamentos. Se não for tratada no começo, ela pode desencadear outros transtornos, como a síndrome do pânico – um transtorno de ansiedade, muitas vezes, relacionado a um medo imaginário, em um nível inconsciente – o transtorno de humor depressivo, estresse como comorbidade, TOC, agorafobia, transtorno de ansiedade generalizada e transtorno misto de ansiedade.
O primeiro passo é desacelerar, começar a entender o próprio corpo, as sensações, os sinais e os sintomas. Para isso, é importante buscar a ajuda de um psicólogo e iniciar uma terapia cognitivo-comportamental, que traça planos para melhorar a qualidade de vida. Atividade física, meditação e boa alimentação são importantes nesse processo. Ou seja, encontrar seu momento, se cuidar e desacelerar para conseguir lidar com os sintomas da ansiedade.
Fontes:
Cristina Borsari – psicóloga do Hospital Beneficência Portuguesa, de São Paulo.
Dra. Daniela Morais – psiquiatra e diretora técnica da Clínica Hospitalar Novo Nascer.
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