Postado em 1 de setembro de 2020
A vida imita a arte e vice-versa. Então, as chances de personagens serem criados com base em alguém, situação ou até mesmo algum tipo de transtorno mental, são muitas. Um dos últimos grandes sucessos do cinema, interpretado pelo ator Joaquim Phoenix, o Coringa, levantou a questão sobre personagens com transtornos mentais.
Mas é preciso ter cuidado nas comparações, pois nem tudo o que parece, é. Quando um personagem tem características que se assemelham as de transtornos mentais, não significa que ele se encaixe em um diagnóstico ou que, principalmente, suas ações ruins sejam justificadas
por uma doença.
Vamos relembrar alguns personagens das telonas que tem ou não algum tipo de transtorno.
Coringa
O personagem tem comportamento tão perturbador, que pode parecer até que sofre de alguma doença, mas não. De acordo com especialistas, apesar de ter traços de esquizofrenia e depressão, o nível de maldade e violência apresentado ali não bate com nenhum transtorno psiquiátrico. Além disso, ele sofre – apesar de matar – e isso não se encaixa, por exemplo, em um diagnostico de psicopatia – que inclui frieza e falta de remorso, entre outros sintomas. Logo no começo do longa, ele diz estar tomando diferentes tipos remédios e não ter tido melhora alguma. Ou seja, a conclusão é que ali não existe doença mental, mas maldade e, pra isso, não existe explicação.
Clube da luta
O clássico do cinema, de 1999, mostra claramente os sinais de que o personagem principal, Jack, sofre de Transtorno Dissociativo e de Identidade. Mas, para quem está assistindo, isso só fica claro no momento que o próprio personagem descobre que tudo que ele pensava ter vivido, ao lado de Tyler, na verdade era fruto do transtorno e que Tyler era ele mesmo, o tempo todo. Filmão, clássico, que retrata bem o que alguém com TDI pode passar.
Procurando Dory
A Dory, peixinha que vive se esquecendo de tudo, na verdade sofre de Transtorno Amnéstico. Apesar de na animação ser bem engraçado ver a Dory se esquecendo de tudo o tempo todo, na vida real, a condição causa comprometimento significativo social e ocupacional, já que dificulta tarefas que exigem recordação espontânea. É originado, principalmente, por lesões cerebrais graves.
O incrível Hulk
No filme, o cientista David Bruce Banner não pode ficar muito nervoso que acaba explodindo, fica verde e sai quebrando tudo. Isso, claramente, não acontece na vida real. Mas a fúria acabou virando apelido para o Transtorno Explosivo Intermitente. Mesmo sem exame específico para identificar, ele pode ser diagnosticado a partir dos 6 anos de idade. As “explosões” acontecem com frequência e alta intensidade. Mas atenção! É equivocado chamar qualquer ataque de fúria de transtorno, é importante sempre procurar um especialista para diagnosticar.
10 PASSOS PARA LIDAR MELHOR COM DIAS RUINS
Este conteúdo foi enviado para os assinantes da nossa newsletter. Não perca nossas próximas dicas, assine agora: