Postado em 3 de setembro de 2020
A terceira idade, a partir dos 60 anos, é uma fase da vida em que as pessoas têm grande bagagem de vida e muitas histórias para contar. Mas também é um período desafiador, já que o ritmo muda, limitações físicas passam a afetar tarefas que eram comuns, a saúde, em alguns casos, fica mais frágil, existe certa redução da capacidade econômica e a morte de familiares e amigos passa a ser mais frequente. Diante disso, a depressão acaba surgindo em um cada seis pacientes idosos tratados
na atenção básica.
De acordo com a psiquiatra Daniela Morais, da Clínica Hospitalar Novo Nascer, para os idosos que vivem em família e estão inseridos na comunidade, os sintomas depressivos giram em torno de 15%.
“Pessoas mais velhas tentam suicídio com menos frequência do que os mais jovens, mas, geralmente, obtêm sucesso. Embora representem apenas 13% da população total, idosos respondem por 16% dos suicídios”, afirma Morais.
Existe também a não aceitação nessa fase da vida. Segundo a Organização Mundial da Saúde, a OMS, um dos grandes entraves à prevenção do suicídio é o estigma associado aos transtornos mentais, fazendo com que as pessoas deixem de falar o que estão sentindo por vergonha.
Dentro do grupo dos idosos, existem os com mais propensão a desenvolver a doença. São eles: sexo feminino, idade avançada, situação conjugal – solteiro, divorciado ou viúvo -, baixa escolaridade, baixo suporte social, eventos estressores, depressão previa, comorbidade psiquiátrica, presença de doenças físicas, uso e abuso de álcool.
Diferente de outras fases da vida, os idosos não costumam se queixar de tristeza – apesar de ela estar presente. Listamos aqui alguns dos sintomas mais comuns para identificar a depressão geriátrica:
“Depressão geriátrica não é diagnóstica com frequência e, principalmente, não é tratada. A depressão traz sofrimento para pacientes e cuidadores, tem consequências graves, como piora da incapacidade relacionada a doenças físicas, aumento dos custos dos cuidados em saúde e mortalidade aumentada relacionada ao suicídio e à doença física. Por isso, a necessidade de falar sobre o assunto e iniciar o tratamento o quanto antes”, finaliza a psiquiatra da Novo Nascer.
Fonte: Dra. Daniela Morais, psiquiatra da Clínica Hospitalar Novo Nascer
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