Postado em 15 de julho de 2020
Incertezas sobre o futuro, isolamento social, mudança na rotina. O cenário atual, tão abordado em filmes apocalípticos, é a nova realidade mundial, desde o início da pandemia do novo coronavírus. Tantas alterações inesperadas acabaram, inevitavelmente, mexendo com o psicológico de muita gente. Pode-se dizer que a falta do contato físico acabou diminuindo a produção de um grande aliado da felicidade e da alegria, a ocitocina, neurotransmissor responsável por essas sensações, que é liberado justamente quando existe esse contato.
De acordo com um estudo realizado pelo instituto de Psicologia da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, a UERJ, em parceria com o Yale New Haven Hospital, nos EUA, os casos de depressão dobraram, desde o começo da pandemia. Nessa pesquisa, 1.460 pessoas, de 23 estados e regiões do país, responderam um questionário online, entre os períodos de 20 a 25 de março e 15 a 20 de abril. A maior recorrência de quadros depressivos está entre pessoas com idades avançadas, com a ausência de crianças em casa, baixo nível de escolaridade e presença de idosos na residência.
Com base nas respostas, foi possível identificar também que o sexo feminino é mais propenso que o masculino a sofrer com estresse e ansiedade. “O maior adoecimento mental é das mulheres já que, normalmente, elas ficam sobrecarregadas com as tarefas da casa. Ainda vivemos em uma sociedade onde os afazeres não são divididos entre homens e mulheres, e, assim, tudo fica acaba ficando por conta delas”, disse o professor Alberto Filgueiras, coordenador do estudo.
Para tentar driblar esses momentos é de extrema importância manter uma alimentação saudável, uma rotina de exercícios e contato social, mesmo que por videoconferência. E por falar em contato virtual, atendimentos psicológicos devem continuar online. “Fazer meditação, caminhar (usando máscara) e esportes individuais, em geral, são ótimas formas de prevenir e combater a falta de energia que a depressão gera”, aponta o psicólogo da clínica Novo Nascer, Marcos Amorim.
Fontes:
Marcos Amorim – psicólogo da Clínica Hospital Novo Nascer
Alberto Filgueiras – coordenador de pesquisa da UERJ
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