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Quem ama muito a si próprio, tende a ser chamado de narcisista. A origem da palavra é do mito grego de Narciso, que não corresponde ao amor de uma ninfa e ela pede que uma maldição seja jogada sobre ele, e se apaixone intensamente, mas não consiga ter sua amada. Narciso, então, vê sua imagem refletida nas águas de uma fonte e se apaixona, sem saber que era ele mesmo ali. Ele acaba morrendo afogado.
Mitos a parte, é necessário ter cuidado ao denominar alguém como narcisista, já que se trata de um transtorno complexo que, segundo alguns estudos, atinge apenas 1% da população.
Segundo a psicóloga, o narcisista é uma pessoa que apresenta, muitas vezes, um comportamento inadequado perante situações de conflito ou problema. Sempre vai ter um esquema de pensamento pautado na superioridade e não consegue entender e se colocar no lugar do outro.
Pouco se sabe sobre as causas do transtorno de personalidade narcisista. O que foi constatado é que na fase infantil, o narcisismo é um mecanismo de defesa que a criança desenvolve e depois, na fase adulta, a personalidade é distorcida.
– Autoconfiança exagerada;
– Não tem sensibilidade em relação a dor do outro;
– Falta de empatia;
– Necessidade da sensação de superioridade.
O diagnóstico dessa personalidade poder ser realizado na adolescência e fase adulta, com observação dos comportamentos por profissionais qualificados – psiquiatra e psicólogo. É importante muita atenção, já que pode ser confundido com outros transtornos, como borderline e egocentrismo – transtornos que explicaremos em outras matérias aqui no blog.
O ideal é trazer a pessoa para realidade, mostrando que ela não é superior a ninguém, analisando a situação. Mesmo que, muitas vezes, ela não consiga entender que tem uma distorção cognitiva, é importante ter muito diálogo, pontuar como aquilo poderia ser dito de outra forma e o quanto ela foi agressiva.
Fonte:
Cristina Borsari, psicóloga da Beneficiência Portuguesa, de São Paulo.
Como pudemos ver nos posts anteriores da série sobre abstinência, nesse período as crises são caracterizadas por sinais e sintomas que acontecem quando há interrupção do uso de substâncias estranhas ao organismo.
Dito isso, é importante ressaltar que quem está no entorno – normalmente familiares – consegue identificar não só sinais da dependência como também quando a pessoa está abstinente.
– Apatia;
– Delírios;
– Irritabilidade;
– Agressividade;
– Estresse elevado;
– Sono irregular.
O psicólogo da Clínica Hospitalar Novo Nascer, Marcondes Pereira, exemplifica alguns desses sinais: “Existem prejuízos sociais, tanto na convivência familiar, quanto no trabalho, rotina, sono e irritabilidade. Acontecem muitas oscilações de humor, agitação, ansiedade, inquietação e intolerância.” Para Marcondes, o paciente, nessa condição de adoecimento, cria uma nova visão de mundo, em que pensamentos, comportamentos e crenças, em relação à substância, são disfuncionais. Então, a família é de extrema importância para notar a situação do abstinente e intervir.
O presidente da Novo Nascer, Carlos F. Lopes de Oliveira, ressaltou a importância de assegurar que a família se sinta segura diante de uma oferta de recuperação de qualidade:
Fontes:
Marcondes Pereira, psicólogo e diretor de assistência psicossocial da Clínica Hospitalar Novo Nascer
Carlos F. Lopes de Oliveira – presidente da Clínica Hospitalar Novo Nascer
A misteriosa fibromialgia é uma síndrome dolorosa crônica, ou seja, quem sofre dessa condição tem dores constantes em vários pontos do corpo, principalmente tendões e articulações. Misteriosa porque as causas da patologia são desconhecidas. O que se sabe, por enquanto, é que ela está relacionada ao funcionamento do sistema nervoso central e a desregulação da resposta ao estresse.
Mas o que ela tem a ver com a depressão? “Se dá pela relação presente em dores crônicas, uma vez que pacientes portadores de depressão podem ter uma alta incidência de dor crônica e, logicamente, a relação inversa também se faz presente”, explica o Dr. Augusto Barsella, anestesiologista e coordenador do Grupo de Dor e Anestesia do Hospital Ifor. Com isso, o tratamento deve abordar não somente aspectos medicamentosos, como também aspectos psíquicos e de interação social, além de terapias motoras.
Algumas características, porém, são comuns entre portadores da síndrome, como baixos níveis de serotonina, desequilíbrios hormonais e estresse. Apesar de não ser considerada ocupacional ou incapacitante de forma permanente, os pacientes estão sujeitos a limitações. A fibromialgia não provoca deformidades físicas, como as da artrite reumatoide – doença que causa inflamação nas articulações –, por exemplo.
Fique atento a alguns dos possíveis sintomas:– dor generalizada – fadiga – alterações do sono – síndrome do cólon irritável – distúrbios emocionais e psicológicos |
Como é feito o diagnóstico já que não existem exames laboratoriais? Antes de mais nada é necessário descartar outras condições que podem provocar sintomas parecidos. Dor por mais de três meses no corpo todo e, pelo menos onze pontos musculares dolorosos – de dezoito pré-estabelecidos.
Tratamentos multidisciplinares:– analgésicos e anti-inflamatórios – antidepressivos – atividade física regular – acompanhamento psicológico – massagens |
Dr. Augusto Rafael Barsella – anestesiologista e coordenador do Grupo de Dor e Anestesia do Hospital Ifor
Dados Sociedade Brasileira de Reumatologia
Como explicamos na primeira matéria da série especial sobre abstinência, ela, por si só, não vai definir a recuperação como um todo. Para que haja uma regeneração sólida, que tenha um efeito importante e significativo no processo dos dependentes, é necessário acontecer uma mudança de comportamento. Dados mostram que quando isso não é feito, cerca de 40% a 60% dos pacientes têm recaídas.
“Um indivíduo que antes vivia uma vida desregulada e em função de substâncias – ou outra dependência – centrado naquilo, precisa desenvolver comportamentos de transformação”, explica o psicólogo e diretor de assistência psicossocial da Clínica Hospitalar Novo Nascer, Marcondes Pereira.
Com esse movimento de ressignificação, o dependente terá que refazer comportamentos que estavam adoecidos, trabalhar a relação familiar destruída anteriormente, tentar se interessar por outras atividades que deem prazer. Entre elas, atividades naturais, como se conectar com a natureza, fazer esportes, encontrar algo espiritual que se identifique, conviver mais naturalmente com a família. A mudança de comportamento em todas essas áreas vai promover ao sujeito grandes frutos.
Fonte:
Marcondes Pereira, psicólogo e diretor de assistência psicossocial da Clínica Hospitalar Novo Nascer
Tem quem goste de muito tempero, mas um bom cozinheiro sabe que sal demais estraga qualquer receita. O mesmo acontece nos relacionamentos. Existe uma linha tênue entre o ciúme considerado saudável e o que os especialistas consideram patologia.
“O ciúme faz parte do comportamento humano. Ele se torna doença quando leva prejuízo para a integridade física e as relações das pessoas envolvidas”, explica Cristina Borsari, psicóloga do hospital Beneficência Portuguesa, em São Paulo.
Segundo profissionais da saúde, o ciúme está relacionado com insegurança e baixa autoestima. Outra característica é a tolerância mínima à frustração, principalmente para quem não trabalhou essa questão durante o desenvolvimento da personalidade. O principal passo para uma mudança é o indivíduo entender que o comportamento é exagerado e procurar ajuda profissional.
O tratamento é realizado com psicoterapia breve, em que vão ser elencados comportamentos relacionados ao ciúme e prejuízos para vida pessoal. A partir daí é feito um planejamento de como isso vai ser trabalhado.
“Às vezes, está lá no inconsciente, são questões que não foram bem resolvidas. Então, a gente precisa buscar a causa e trabalhar todas essas vertentes para minimizar esse ciúme doentio”, diz Borsari. Além do tratamento psicológico, alguns casos necessitam de medicação, como ansiolíticos ou antidepressivos para reequilibrar os neurotransmissores.
Tem quem prefira outra maneira de se tratar e, pensando nisso, foi criado o Grupo MADA, Mulheres que Amam Demais. O grupo – essencialmente para mulheres – foi inspirado no livro homônimo e adaptado do programa de recuperação dos Alcóolicos Anônimos 12 passos e 12 tradições. Nele, não tem psicólogas ou psiquiatras, muito menos líderes.
É uma roda de apoio mútuo, em que as participantes dividem suas experiências. As reuniões de membros – com duração de duas horas – são fechadas, mas existe a possibilidade de visitantes entrarem em alguns encontros abertos. Para participar, basta ir a uma reunião. Os locais, espalhados pelo Brasil, estão no site do MADA.
Fontes:
Cristina Borsari – Psicóloga do Hospital Beneficência Portuguesa de São Paulo
Grupo MADA
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