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Música faz bem pra alma, muda o dia e o humor de qualquer um. É difícil contestar essa afirmação. E, justamente por ser um sentimento tão universal, a psicologia e a medicina há tempos investem na música para tratar o estresse, por exemplo. Para isso, existe a musicoterapia, técnica terapêutica que usa música e seus elementos sonoros – individualmente ou em grupo – para ampliar a comunicação, relação, aprendizagem, humor, concentração, entre outros benefícios.
Durante a musicoterapia, as pessoas aprendem a identificar sons de diferentes instrumentos e expressar as emoções através deles. Pessoas com necessidades completamente distintas podem participar já que, entre os benefícios, está a redução de ansiedade, estresse e depressão.
Na Clínica Hospitalar Novo Nascer, de Pernambuco, o Jeison Guimarães dos Santos – conhecido como Brahmarsi – é quem coordena as práticas, como a musicoterapia. “A utilização do som como terapia se baseia em timbres, melodias, harmonias e o efeito disso tudo no corpo e psicológico dos participantes”. Na Novo Nascer, são realizadas análises individuais para entender as necessidades de cada paciente e, então, desenvolver o trabalho direcionado. “Em alguns momentos, trazemos músicas que remetem a boas memórias da infância. Em outros, direcionados, encontramos as canções que incitam o dependente a usar drogas e essas não são recomendadas. Tudo para que ele tenha um maior autoconhecimento”, explica Brahmarsi.
De acordo com um artigo publicado pela Revista Latino-americana de Enfermagem, um estudo realizado com 18 dependentes químicos em tratamento, mostrou que, após uma hora de musicoterapia, houve redução significativa dos níveis de cortisol salivar – aquele hormônio do estresse liberado em situações de tensão. É importante pontuar que, no caso dos dependentes químicos, a terapia tem bons resultados quando realizada em conjunto com tratamentos psicológicos e psiquiátricos.
Fonte:
Jeison Guimarães dos Santos (Brahmarsi) – psicólogo e coordenador de práticas na Clínica Hospitalar Novo Nascer
O transtorno bipolar é um distúrbio psiquiátrico complexo que leva anos para ter um diagnóstico fechado. Isso porque as características se assemelham às de outras doenças, como esquizofrenia, depressão, síndrome do pânico e ansiedade. Pode surgir entre os 15 e 25 anos – crianças e pessoas mais velhas também podem manifestar – e é marcado pela alternância de episódios de depressão e euforia e, entre eles, momentos sem sintomas. Frequência, duração e intensidade variam de caso a caso.
Cada indivíduo tem uma demanda de tratamento, que engloba a combinação de medicações estabilizadoras de humor, antipsicóticos e anticonvulsivantes associados a psicoterapia. Segundo a psicóloga Carolina Michaella Borges Torelli nenhum transtorno mental precisa ser limitador de conquistas na vida diária. “Cada um pode ser inserido socialmente de acordo com suas potencialidades e dificuldades. Cumprindo um tratamento adequado, indicado por uma equipe multidisciplinar, é possível construir caminhos para atingir objetivos”.
Para chegar a essa estabilidade a profissional ressalta a importância de seguir o tratamento indicado. “Nem sempre fatores estressores estão sob nosso controle – como a pandemia da Covid-19, por exemplo – e eles podem afetar o curso da doença, mas conversar com profissionais da saúde é de extrema importância para construir estratégias que ajudem a lidar com esses momentos.
Existem alguns tipos do transtorno, segundo os manuais internacionais de classificação diagnóstica, o DSMV e o CID-11. São eles:
Transtorno bipolar tipo I
Com períodos de mania de, no mínimo, sete dias e depressão que pode chegar a vários meses.
Transtorno bipolar tipo II
Episódios de depressão e hipomania – euforia, excitação, otimismo – alternados. Não compromete muito as atividades do cotidiano.
Transtorno bipolar misto ou não especificado
Sintomas não tem duração para serem classificados nos tipos I e II.
Transtorno ciclotímico
Quadro leve, crônico e em que o humor pode variar algumas vezes durante o dia. Tem sintomas de hipomia e de depressão leves.
Fonte:
Carolina Michaella Borges Torelli – psicóloga especialista em saúde mental pela ISCMSP
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