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É fato que conhecemos ao menos uma pessoa que passou ou está passando por uma depressão. E a patologia está diretamente ligada ao estresse e a ansiedade. Atualmente, a enxurrada de informações que recebemos o tempo todo nos faz viver estressados e ansiosos. Isso acaba gerando dificuldades para dormir.
Segundo o psiquiatra Pedro Katz, da Beneficência Portuguesa, de São Paulo, a depressão não é um problema psicológico. Mas, sim, um problema químico que altera neurotransmissores, como a serotonina, e causa desequilíbrio hormonal no organismo.
A partir daí, segundo o especialista, o paciente pode desenvolver quadros de pânico, de medos e, obviamente, quadros depressivos. “Assim, fica um pouco mais simples entendermos a correlação entre a insônia e as alterações de humor”, explica Katz.
De acordo com Dr. Pedro, para tratar a insônia, é preciso saber por que ela acontece. Ele explica que boa parte das insônias são secundárias, por isso, é preciso buscar a causa base para tratar junto com ela. “Funciona assim: nós temos de um lado um hormônio que se chama cortisol, que é o nosso hormônio regulador das nossas atividades do dia a dia e do sono vigília. Ele é o chamado hormônio do estresse, que tem taxas altas de manhã, médias no meio do dia e baixas à noite. Durante a noite, sobe normalmente, a melatonina que não é só o hormônio do sono, mas um hormônio de limpeza dele”, diz. O psiquiatra conta que, para que haja uma limpeza no nosso cérebro e consigamos desempenhar melhor nossas atividades do dia a dia, a melatonina e o hormônio do crescimento precisam subir à noite e o cortisol, descer. É uma conta simples.
Pedro explica que dormir mal altera, sim, a imunidade por conta da alta do cortisol. “Nosso corpo fica em alerta constante não permitindo que as taxas de outros hormônios subam e façam o balanço necessário para o organismo ficar em equilíbrio”, detalha.
De acordo com o especialista, a intensidade e a frequência desse tipo de situação vão determinar suas consequências. Isso significa que o paciente pode perder a capacidade de interagir socialmente, entre outras coisas. Assim, essa vulnerabilidade acaba desenvolvendo um quadro depressivo. “Quimicamente, o paciente se sente muito mal. Ele tem pensamentos ruins, não dorme, não consegue fazer suas atividades e não consegue se concentrar por conta disso”, conta o médico.
Como a insônia causa todo esse desequilíbrio no organismo, como quadros de alteração de humor e comportamento, e alteração de controle de impulso, é muito importante saber todos esses dados para conduzir o paciente ao tratamento adequado. “Eu tenho situações onde vou trabalhar, obviamente, com medicamentos não só para corrigir o sono, mas as consequências da insônia naquele momento”, diz o psiquiatra.
Fonte: Pedro Katz, psiquiatra, Beneficência Portuguesa, São Paulo.
A terceira idade, a partir dos 60 anos, é uma fase da vida em que as pessoas têm grande bagagem de vida e muitas histórias para contar. Mas também é um período desafiador, já que o ritmo muda, limitações físicas passam a afetar tarefas que eram comuns, a saúde, em alguns casos, fica mais frágil, existe certa redução da capacidade econômica e a morte de familiares e amigos passa a ser mais frequente. Diante disso, a depressão acaba surgindo em um cada seis pacientes idosos tratados
na atenção básica.
De acordo com a psiquiatra Daniela Morais, da Clínica Hospitalar Novo Nascer, para os idosos que vivem em família e estão inseridos na comunidade, os sintomas depressivos giram em torno de 15%.
“Pessoas mais velhas tentam suicídio com menos frequência do que os mais jovens, mas, geralmente, obtêm sucesso. Embora representem apenas 13% da população total, idosos respondem por 16% dos suicídios”, afirma Morais.
Existe também a não aceitação nessa fase da vida. Segundo a Organização Mundial da Saúde, a OMS, um dos grandes entraves à prevenção do suicídio é o estigma associado aos transtornos mentais, fazendo com que as pessoas deixem de falar o que estão sentindo por vergonha.
Dentro do grupo dos idosos, existem os com mais propensão a desenvolver a doença. São eles: sexo feminino, idade avançada, situação conjugal – solteiro, divorciado ou viúvo -, baixa escolaridade, baixo suporte social, eventos estressores, depressão previa, comorbidade psiquiátrica, presença de doenças físicas, uso e abuso de álcool.
Diferente de outras fases da vida, os idosos não costumam se queixar de tristeza – apesar de ela estar presente. Listamos aqui alguns dos sintomas mais comuns para identificar a depressão geriátrica:
“Depressão geriátrica não é diagnóstica com frequência e, principalmente, não é tratada. A depressão traz sofrimento para pacientes e cuidadores, tem consequências graves, como piora da incapacidade relacionada a doenças físicas, aumento dos custos dos cuidados em saúde e mortalidade aumentada relacionada ao suicídio e à doença física. Por isso, a necessidade de falar sobre o assunto e iniciar o tratamento o quanto antes”, finaliza a psiquiatra da Novo Nascer.
Fonte: Dra. Daniela Morais, psiquiatra da Clínica Hospitalar Novo Nascer
A misteriosa fibromialgia é uma síndrome dolorosa crônica, ou seja, quem sofre dessa condição tem dores constantes em vários pontos do corpo, principalmente tendões e articulações. Misteriosa porque as causas da patologia são desconhecidas. O que se sabe, por enquanto, é que ela está relacionada ao funcionamento do sistema nervoso central e a desregulação da resposta ao estresse.
Mas o que ela tem a ver com a depressão? “Se dá pela relação presente em dores crônicas, uma vez que pacientes portadores de depressão podem ter uma alta incidência de dor crônica e, logicamente, a relação inversa também se faz presente”, explica o Dr. Augusto Barsella, anestesiologista e coordenador do Grupo de Dor e Anestesia do Hospital Ifor. Com isso, o tratamento deve abordar não somente aspectos medicamentosos, como também aspectos psíquicos e de interação social, além de terapias motoras.
Algumas características, porém, são comuns entre portadores da síndrome, como baixos níveis de serotonina, desequilíbrios hormonais e estresse. Apesar de não ser considerada ocupacional ou incapacitante de forma permanente, os pacientes estão sujeitos a limitações. A fibromialgia não provoca deformidades físicas, como as da artrite reumatoide – doença que causa inflamação nas articulações –, por exemplo.
Fique atento a alguns dos possíveis sintomas:– dor generalizada – fadiga – alterações do sono – síndrome do cólon irritável – distúrbios emocionais e psicológicos |
Como é feito o diagnóstico já que não existem exames laboratoriais? Antes de mais nada é necessário descartar outras condições que podem provocar sintomas parecidos. Dor por mais de três meses no corpo todo e, pelo menos onze pontos musculares dolorosos – de dezoito pré-estabelecidos.
Tratamentos multidisciplinares:– analgésicos e anti-inflamatórios – antidepressivos – atividade física regular – acompanhamento psicológico – massagens |
Dr. Augusto Rafael Barsella – anestesiologista e coordenador do Grupo de Dor e Anestesia do Hospital Ifor
Dados Sociedade Brasileira de Reumatologia
O corpo está todo conectado. Quando algo não funciona, pode ter relação com uma área que nem imaginamos. Como a saúde mental e o intestino. Veja só, alterações da microbiota intestinal – aqueles micro-organismos que vivem no intestino – e mudanças de humor, cognição e depressão estão associadas. Variações de comportamento do espectro autista, doença de Parkinson e Alzheimer também têm assinaturas microbianas intestinais distintas do padrão de normalidade. “O que não foi estabelecido ainda é se as alterações da composição da microbiota intestinal são causais ou associativas com os distúrbios da saúde mental”, esclarece o professor Dr. Dan Waitzberg, diretor científico na Bioma4me.
Para saber como anda a sua microbiota é necessário fazer um exame de sequenciamento genético a partir da coleta de um fragmento de fezes. Daí o DNA bacteriano é analisado por aparelhos especializados em sequenciamento. Na análise é possível comparar com os perfis considerados normais e estabelecer assinaturas microbianas alteradas.
A modificação da disbiose – alteração da microbiota – pode ocasionar melhora de alguns sintomas mentais. “Nos casos de melhora, observa-se a modificação para uma condição de eubiose, na microbiota intestinal, com o predomínio de bactérias comensais e simbióticas. No entanto, isso não é necessariamente obrigatório”, explicou Waitzberg. O gastroenterologista Bruno Zilberstein, do hospital Beneficência Portuguesa completa “A digestão dos alimentos e sua assimilação depende dessa microbiota ou flora intestinal”.
Existem várias maneiras de fazer a regulação da microbiota intestinal, com mudanças de hábitos e estilo de vida. Entres elas, estão a regulação do peso, ingestão adequada de frutas, legumes e vegetais, prática de atividade física, fim do tabagismo e da ingestão excessiva de álcool, além de iniciar práticas de relaxamento. O uso de prebióticos, probióticos e simbióticos também podem ajudar, dependo da recomendação médica após análise caso a caso.
Fontes:
Professor Dr. Dan Waitzberg – diretor científico na Bioma4me
Bruno Zilberstein – gastroenterologista do hospital Beneficência Portuguesa de São Paulo
Música faz bem pra alma, muda o dia e o humor de qualquer um. É difícil contestar essa afirmação. E, justamente por ser um sentimento tão universal, a psicologia e a medicina há tempos investem na música para tratar o estresse, por exemplo. Para isso, existe a musicoterapia, técnica terapêutica que usa música e seus elementos sonoros – individualmente ou em grupo – para ampliar a comunicação, relação, aprendizagem, humor, concentração, entre outros benefícios.
Durante a musicoterapia, as pessoas aprendem a identificar sons de diferentes instrumentos e expressar as emoções através deles. Pessoas com necessidades completamente distintas podem participar já que, entre os benefícios, está a redução de ansiedade, estresse e depressão.
Na Clínica Hospitalar Novo Nascer, de Pernambuco, o Jeison Guimarães dos Santos – conhecido como Brahmarsi – é quem coordena as práticas, como a musicoterapia. “A utilização do som como terapia se baseia em timbres, melodias, harmonias e o efeito disso tudo no corpo e psicológico dos participantes”. Na Novo Nascer, são realizadas análises individuais para entender as necessidades de cada paciente e, então, desenvolver o trabalho direcionado. “Em alguns momentos, trazemos músicas que remetem a boas memórias da infância. Em outros, direcionados, encontramos as canções que incitam o dependente a usar drogas e essas não são recomendadas. Tudo para que ele tenha um maior autoconhecimento”, explica Brahmarsi.
De acordo com um artigo publicado pela Revista Latino-americana de Enfermagem, um estudo realizado com 18 dependentes químicos em tratamento, mostrou que, após uma hora de musicoterapia, houve redução significativa dos níveis de cortisol salivar – aquele hormônio do estresse liberado em situações de tensão. É importante pontuar que, no caso dos dependentes químicos, a terapia tem bons resultados quando realizada em conjunto com tratamentos psicológicos e psiquiátricos.
Fonte:
Jeison Guimarães dos Santos (Brahmarsi) – psicólogo e coordenador de práticas na Clínica Hospitalar Novo Nascer
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