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No ultimo mês, abordamos as diferentes fases pelas quais pessoas que estão em abstinência passam. Para fechar a série sobre o assunto, vamos discorrer sobre dois temas: como se precaver de crises e o que fazer quando diante das dificuldades do período.
Quando o dependente deixa as substâncias que causaram o vício, a abstinência acontecerá inevitavelmente, já que o organismo estava “acostumado” com aquilo e acaba “sentindo falta”.
É necessário estar em acompanhamento com profissionais especializados, que vão guiar o paciente dentro da sua relação com mundo por meio de psicoterapia, terapia psiquiátrica e todo o suporte de uma equipe multifuncional. Juntos, eles vão desenvolver estratégias de adaptação para essa nova maneira de viver.
A recuperação se dá através da mudança de comportamento, ressignificação do que estava adormecido, reestruturação cognitiva que o indivíduo precisa para desenvolver para si mesmo e estar regulado emocionalmente para manter uma boa convivência em sociedade.
“Esse processo acontece muito com psicoeducação, psicoterapia, acompanhamento psiquiátrico, orientação da família – que é parte essencial do processo de recuperação. O paciente vai entrar no processo de mudança e, de repente, se ele vai para um contexto familiar que tem substâncias, pode acontecer um desequilíbrio. Existem situações que podem se tornar gatilhos para uma recaída, por isso o acompanhamento profissional vai dar ao sujeito condições de não ter crises de abstinência.”
Marcondes Pereira, psicólogo da Novo Nascer.
Não consigo ficar abstinente. Que tipo de ajuda devo procurar?
É de extrema importância procurar um hospital especializado que tenha uma equipe multidisciplinar, com médicos psiquiátricos, que auxiliem o individuo nesse processo para que a abstinência aconteça de forma segura. É o momento de tratar os sintomas para acontecer a transição e mudança de vida.
A escolha dos profissionais
Como pudemos ver nos posts anteriores da série sobre abstinência, nesse período as crises são caracterizadas por sinais e sintomas que acontecem quando há interrupção do uso de substâncias estranhas ao organismo.
Dito isso, é importante ressaltar que quem está no entorno – normalmente familiares – consegue identificar não só sinais da dependência como também quando a pessoa está abstinente.
– Apatia;
– Delírios;
– Irritabilidade;
– Agressividade;
– Estresse elevado;
– Sono irregular.
O psicólogo da Clínica Hospitalar Novo Nascer, Marcondes Pereira, exemplifica alguns desses sinais: “Existem prejuízos sociais, tanto na convivência familiar, quanto no trabalho, rotina, sono e irritabilidade. Acontecem muitas oscilações de humor, agitação, ansiedade, inquietação e intolerância.” Para Marcondes, o paciente, nessa condição de adoecimento, cria uma nova visão de mundo, em que pensamentos, comportamentos e crenças, em relação à substância, são disfuncionais. Então, a família é de extrema importância para notar a situação do abstinente e intervir.
O presidente da Novo Nascer, Carlos F. Lopes de Oliveira, ressaltou a importância de assegurar que a família se sinta segura diante de uma oferta de recuperação de qualidade:
Fontes:
Marcondes Pereira, psicólogo e diretor de assistência psicossocial da Clínica Hospitalar Novo Nascer
Carlos F. Lopes de Oliveira – presidente da Clínica Hospitalar Novo Nascer
Como explicamos na primeira matéria da série especial sobre abstinência, ela, por si só, não vai definir a recuperação como um todo. Para que haja uma regeneração sólida, que tenha um efeito importante e significativo no processo dos dependentes, é necessário acontecer uma mudança de comportamento. Dados mostram que quando isso não é feito, cerca de 40% a 60% dos pacientes têm recaídas.
“Um indivíduo que antes vivia uma vida desregulada e em função de substâncias – ou outra dependência – centrado naquilo, precisa desenvolver comportamentos de transformação”, explica o psicólogo e diretor de assistência psicossocial da Clínica Hospitalar Novo Nascer, Marcondes Pereira.
Com esse movimento de ressignificação, o dependente terá que refazer comportamentos que estavam adoecidos, trabalhar a relação familiar destruída anteriormente, tentar se interessar por outras atividades que deem prazer. Entre elas, atividades naturais, como se conectar com a natureza, fazer esportes, encontrar algo espiritual que se identifique, conviver mais naturalmente com a família. A mudança de comportamento em todas essas áreas vai promover ao sujeito grandes frutos.
Fonte:
Marcondes Pereira, psicólogo e diretor de assistência psicossocial da Clínica Hospitalar Novo Nascer
Este mês, teremos aqui no blog, semanalmente, matérias relacionadas a abstinência. Vamos abordar, dentro do tema, vários aspectos. Hoje, é a vez de entender do que se trata e como se preparar para esse período.
Geralmente, a abstinência se dá pela interrupção abrupta do uso de medicamentos ou drogas. O organismo, acostumado com o consumo, reage com muitos sintomas. Isso pode fazer com quem a pessoa não consiga lidar com os efeitos dessa falta – a abstinência – e tenha recaídas. O psicólogo da Clínica Hospitalar Novo Nascer, Marcondes Pereira, explica que o indivíduo que usa substâncias psicoativas é alguém que não consegue lidar com as emoções. “É uma doença biopsicossocial, vários fatores vão interferir na pessoa para que ela desenvolva uma relação de dependência”.
O caminho até a dependência tem início na recreação. A partir daí, a droga passa a ter sentido na vida do sujeito, que começa a usar quando esta diante de dificuldades. “O sistema nervoso central começa a sentir as influências e elas acabam gerando alterações do sistema de recompensa cerebral, que é responsável pelo prazer, pela motivação a desenvolver tarefas. Esse sistema começa a ficar alterado e o indivíduo passa a buscar prazer na substância o tempo todo”, esclarece Pereira.
Para que a pessoa entre em abstinência é necessário, inicialmente, sair do contato com a droga e ter suporte médico, psicológico e familiar. Isso porque acontece uma avalanche de sintomas, como irritabilidade, angústia, depressão, alterações na pressão arterial, tremores, sudorese e delírios. Diante desse cenário, é necessário companhia constante para evitar recaídas. “Muitas vezes, a pessoa não consegue se controlar, já que o sistema cerebral está alterado e vivendo em função do prazer”, diz o psicólogo.
Fonte:
Marcondes Pereira – psicólogo da Clínica Hospitalar Novo Nascer
Música faz bem pra alma, muda o dia e o humor de qualquer um. É difícil contestar essa afirmação. E, justamente por ser um sentimento tão universal, a psicologia e a medicina há tempos investem na música para tratar o estresse, por exemplo. Para isso, existe a musicoterapia, técnica terapêutica que usa música e seus elementos sonoros – individualmente ou em grupo – para ampliar a comunicação, relação, aprendizagem, humor, concentração, entre outros benefícios.
Durante a musicoterapia, as pessoas aprendem a identificar sons de diferentes instrumentos e expressar as emoções através deles. Pessoas com necessidades completamente distintas podem participar já que, entre os benefícios, está a redução de ansiedade, estresse e depressão.
Na Clínica Hospitalar Novo Nascer, de Pernambuco, o Jeison Guimarães dos Santos – conhecido como Brahmarsi – é quem coordena as práticas, como a musicoterapia. “A utilização do som como terapia se baseia em timbres, melodias, harmonias e o efeito disso tudo no corpo e psicológico dos participantes”. Na Novo Nascer, são realizadas análises individuais para entender as necessidades de cada paciente e, então, desenvolver o trabalho direcionado. “Em alguns momentos, trazemos músicas que remetem a boas memórias da infância. Em outros, direcionados, encontramos as canções que incitam o dependente a usar drogas e essas não são recomendadas. Tudo para que ele tenha um maior autoconhecimento”, explica Brahmarsi.
De acordo com um artigo publicado pela Revista Latino-americana de Enfermagem, um estudo realizado com 18 dependentes químicos em tratamento, mostrou que, após uma hora de musicoterapia, houve redução significativa dos níveis de cortisol salivar – aquele hormônio do estresse liberado em situações de tensão. É importante pontuar que, no caso dos dependentes químicos, a terapia tem bons resultados quando realizada em conjunto com tratamentos psicológicos e psiquiátricos.
Fonte:
Jeison Guimarães dos Santos (Brahmarsi) – psicólogo e coordenador de práticas na Clínica Hospitalar Novo Nascer
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